Em 1927, quando morreu a administradora de uma sociedade espírita Maria Conceição Barbosa Dias, a pelotense deixou em doação a casa onde morava para servir de sede a um orfanato. Foi então que surgiu o Lar Dona Conceição. A instituição, que em 2011 completa cem anos, existe em função das crianças.
Lá é proibido gritar e xingar. Existe respeito, responsabilidade e igualdade. E é um pouquinho dessa realidade que o Jornal do Almoço mostrou nesta quarta-feira (21), em uma reportagem especial.
Daiane Ortiz tem 30 anos e cria sozinha seis filhos. A filha mais velha tem treze anos e o mais novo apenas um. Apesar de não possuir uma condição de vida elevada, não abre mão de uma boa educação para os filhos.
Ela é uma das 17 mães que estão empregadas graças ao trabalho realizado pelo lar. A instituição prepara as mulheres com oficinas e as encaminha para o mercado de trabalho.
Para a presidente da instituição, Ieda Scaletzky, a casa não é uma escola, e sim um lar. Mas é lá que os pequenos da Educação Infantil aprendem a ler e escrever. Já os jovens vão para a escola de Ensino Fundamental que funciona ao lado.
A convivência durante dez horas por dia fez deles uma nova família. Na casa tem horário para brincar, estudar e até olhar TV. Os internos recebem cinco refeições diárias, aprendem a escovar os dentes, têm atendimento pediátrico, psicológico e são encaminhados para exames de rotina.
O Lar atende hoje 162 crianças carentes de 2 a 16 anos e a cada ano esse número vem crescendo.
Fonte: ClicRBS - Pelotas Sabrina Ongaratto, RBS TV - por Bianca Zanella
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