quinta-feira, 5 de agosto de 2010

UFPel vai inventariar a cultura gaúcha em Bagé.

Equipe do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da UFPel, através de Termo de Cooperação que será assinado entre a Universidade e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 2 de setembro, vai inventariar a cultura gaúcha em Bagé. O trabalho, que tem a participação da Prefeitura daquele município, faz parte das comemorações dos 200 anos da cidade, que se completam em 17 de julho do ano que vem.

Ontem (4), foi realizada reunião no gabinete do reitor da UFPel, onde foram acertados os últimos detalhes do plano de trabalho do Inventário de Recursos Culturais Imateriais da cidade de Bagé. Participaram do encontro o reitor Cesar Borges, a professora do ICH e coordenadora técnica do projeto, Flávia Rieth, o membro da comissão executiva dos 200 anos de Bagé, Pablo Lisboa, o presidente da Fundação Simon Bolívar, Geraldo Fonseca, e Flávia Kosby, do Inventário Nacional de Referências Culturais(INRC) Doces, que atuará também neste trabalho.

O Iphan liberou R$ 200 mil para que o município de Bagé tenha o seu inventário. O trabalho será executado pelo curso de Antropologia do ICH da UFPel e a pesquisa terá foco na cultura da Pecuária, conforme metodologia do Iphan.

O reitor da UFPel explicou que o fundamental é que a Universidade possa contribuir com seu conhecimento em trabalhos desta espécie na região sul.

- Já inventariamos o doce em Pelotas com grande sucesso e agora tenho certeza que o inventário da pecuária em Bagé será produzido com a qualidade já reconhecida pelo Iphan - observou Borges.

A professora Flávia Rieth lembrou que, depois da reunião desta semana, faltará apenas a assinatura do convênio para que o trabalho comece de fato.

- Acredito que ainda este ano estaremos realizando os primeiros levantamentos de dados em Bagé - disse.

Inventário - A equipe da UFPel, formada por 14 pessoas, entre professores, acadêmicos, antropólogos, historiadores e museólogos, manterá contato com moradores da região de Bagé que trabalham e vivem em função da lida campeira. São domadores, esquiladores e outras pessoas que atuam na pecuária local. O estudo, que deve levar um ano, terá enfoques como a relação do homem com os animais e com a natureza e questões étnicas e de gênero.

O grupo da UFPel foi chamado pelo Iphan para realizar o trabalho em função do inventário da cultura imaterial do doce de Pelotas, realizado com sucesso pela equipe da Universidade. O trabalho terá a participação ainda da historiadora da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), Clarisse Ismério de Oliveira. O inventário prevê a produção de materiais como CD ROM, banners e um relatório final.



Fonte:ClicRBS - Pelotas - por: Bianca Zanella.

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